20 de maio de 2016
Como pequenas mudanças na gestão podem te levar ao topo. Apesar de não ser surpresa ou novidade, fazer mudanças na gestão para melhorar a empresa e aumentar sua capacidade para enfrentar as dificuldades conjunturais ainda causa certo alvoroço. A resposta para certas questões já existem, mas foram colocadas como opcionais. E o que boa parte as companhias não entende é que chegou o momento de levar a sério essas ideias e conceitos. Está na hora de fazer funcionar. Um desses conceitos é o sistema Lean Startup. Famoso entre as companhias brasileiras no final da década de 90, atingiu primeiro o setor automotivo – onde nasceu essa filosofia. Depois, se expandiu para a manufatura em geral, e por fim, como um vírus, se alastrou por todas as organizações, desde hospitais até bancos, e outras empresas de serviços. Mas afinal, o que é Lean Startup? O lean pode ser traduzido, cruamente, como enxuto. Envolve a identificação e eliminação sistemática de desperdícios. De um modo geral, qualquer método lean usa a estratégia de atuar localmente em cada item de desperdício de tempo, custo ou recursos, para chegar a uma qualidade maior e ao mercado mais rápido. Inspirado por esse conceito, o americano Eric Ries passou os últimos anos combinando ideias de marketing, tecnologia e gestão e criou o termo “Lean Startup“. Suas ideias envolvem, por exemplo, o ciclo Build – Measure – Learn (Construir – Medir – Aprender), desenvolvimento de clientes, métodos ágeis de desenvolvimento de produtos e uma interação constante com os usuários para testar diferentes hipóteses de como o produto se encaixa no mercado, antes mesmo de lançá-lo. Com a crise econômica brasileira, isso caiu como uma luva. E muitas empresas perceberam que esse conceito não é mais uma opção, algo que se pode fazer eventualmente com outras iniciativas e mesmo dentro das práticas usuais de gestão. O pensamento lean tem por objetivo, em essência, eliminar desperdícios em toda a companhia, ao mesmo tempo em que busca aumentar a agregação de valor em tudo o que se faz. Soa perfeito, não é? Em outras palavras, o sistema lean é um modelo de gestão que visa identificar e desenvolver as atividades que agregam valor aos clientes (o que eles estão realmente dispostos a pagar) e eliminar os desperdícios (o que eles não estão dispostos a pagar). Com isso, consegue-se ir além das iniciativas pontuais de redução de custos, tornando-as não simplesmente um esforço conjuntural, mas um tipo de pensamento permanente e que envolve a todos, o tempo todo. Colocar o foco na necessidade dos clientes, no valor e no desperdício acaba melhorando os resultados financeiros e a rentabilidade como consequência. Ou seja, ao mesmo tempo em que se reduz custos, aumenta-se o valor daquilo que é oferecido ao cliente, e o mais importante: sem fazer investimentos ou adicionar mais recursos, pois a mudança é de gestão, mudando a maneira de fazer as coisas. Atualmente sabemos que a gestão lean funciona bem em qualquer setor econômico e em todas as áreas da